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sábado, 25 de outubro de 2008

Chega de Crespúsculo...

... por ora.


Peço desculpas se alguém por aí estava acompanhando meus posts e resenhas sobre uma das séries de livros mais comentadas do momento, mas eu preciso de um tempo.

Acabei de ler a página 138 da edição americana de Breaking Dawn e os fatos narrados até ali foram demais para mim. Ao mesmo tempo em que continuo me irritando com Bella e Edward, como comentei na resenha de Eclipse, posso antecipar o que vai acontecer com o casal e não tenho certeza de que queira saber logo ou de que esteja preparada para o que vou ler, principalmente porque as coisas não parecem muito boas para meu preferido, Jacob Black.

Por isso, queridos, vou deixar o tijolinho (alguém já viu o tamanho das edições americanas? Parecem um Lego gigante!) na minha cabeceira durante alguns dias até que eu esteja preparada para encarar o fim da série...

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Página virada: Lua Nova e Eclipse

Terminei ontem de ler Eclipse, o terceiro livro da saga Crepúsculo, de que comentei aqui. Tinha terminado de ler Lua Nova, o segundo volume, na semana passada e agora só falta o desfecho, Breaking Dawn.

Se quiser saber o que eu achei, é só seguir os links aí de cima para as resenhas no Homem Nerd.

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Página virada: Crepúsculo

Terminei anteontem de ler Crepúsculo, de Stephenie Meyer. Eu tinha começado a leitura na semana passada e, confesso, demorou um pouco mais do que eu imaginei por duas razões: muito trabalho e pouca empolgação. Explico.

Em breves palavras, posso dizer que o livro deixou um pouco a desejar, frustrando um pouco minhas expectativas. Por ter feito tanto sucesso nos Estados Unidos, eu esperava uma história mais empolgante, que me cativasse, atraísse minha atenção desde a primeira página, o que durou instantes efêmeros.

Depois de virar a última página, pus-me a pensar sobre a narrativa e em como a autora se deteve demasiado na apresentação e caracterização dos personagens. Desconfio que, quando estava escrevendo Crepúsculo, Stephenie Meyer já imaginava uma série de livros, o que justifica em parte a falta de ação. Em parte, vejam bem.

A seqüência do jogo de beisebol entre os familiares de Edward é absolutamente dispensável. Na verdade, enquanto digitava a frase anterior, a palavra quadribol passou pela minha mente como um raio (ou como um pomo de ouro, se preferirem). Não posso evitar de pensar que a maioria dos escritores de livros juvenis está tentando preencher o vazio que J.K. Rowling deixou quando resolveu encerrar sua série com Harry Potter e as Relíquias da Morte.

De qualquer forma, estou ansiosa pelo lançamento de Lua Nova, que será no próximo sábado na Saraiva Megastore do Shopping Morumbi, com direito a participação de fã-clubes e tudo. Vou cobrir o evento para o Homem Nerd e conversar com o pessoal da editora para saber o que mais vem por aí.

P.S. As capas dessa série são deslumbrantes de tão simples.

quarta-feira, 30 de abril de 2008

Para Laura e Nina

Há algum tempo, a Nina escreveu um comentário a uma postagem aqui do blog pedindo indicações de leitura para a filha dela. Eu prometi fazer a lista e, como promessa é dívida, antes tarde do que nunca, ei-la.

***

Queridas Nina e Laura,

a maioria dos livros que escolhi é de literatura brasileira. Os óbvios motivos são dois: você estão longe do nosso país - então é uma forma de matar as saudades - e a Laura não agüenta mais ler em alemão! Para alguns estrangeiros, eu coloquei o título original entre parênteses para facilitar a busca aí na Alemanha.

Primeiro, os clássicos. Eu sei, adolescente nenhum quer ler os clássicos, mas é preciso, e a razão é simples. Ler os clássicos, os tradicionais, é o que nos permite situar e comparar os livros atuais, inserindo-os em um mesmo grupo ou estilo. É dessa forma que conseguimos criar uma consciência literária, comparando um livro aos seus predecessores e analisando aspectos repetitivos ou inovadores.

Então, Laura, se você ainda não leu histórias como
Alice no País das Maravilhas, de Lewis Carroll
Os três mosqueteiros, de Alexandre Dumas
O conde de Monte Cristo, de Alexandre Dumas
mãos à obra!

Meus clássicos, meu cânone particular, livros que li quando tinha uns 12, 13 anos e nunca mais esqueci. Não são livros recentes, lógico, mas valem muito a pena:
O menino no espelho, de Fernando Sabino
O encontro marcado, de Fernando Sabino
O diário de Ana Maria, de Michael Quoist
Capitães da areia, de Jorge Amado
Um cadáver ouve rádio, de Marcos Rey
O rapto do garoto de ouro, de Marcos Rey
O escaravelho de ouro, de Lúcia Machado de Almeida
Outsiders, de Susan E. Hinton
O selvagem da motocicleta (Rumble Fish), de Susan E. Hinton
O caso da estranha fotografia, de Stella Carr (e todos os outros com os irmãos encrenca Marco, Elói e Isabel)
O gênio do crime e Sangue fresco, ambos de João Carlos Marinho

Sobre mulheres, para mulheres:
Minha vida de menina, de Helena Morley
O clube da felicidade e da sorte (The Joy Luck Club), de Amy Tan
Mulheres de olhos grandes, de Ángeles Mastretta

Literatura de entretenimento adulto para adolescentes maduros:
Tempo de matar (A Time to Kill), de John Grisham
O reverso da medalha (Master of the Game), de Sidney Sheldon
Caim e Abel (Kane & Abel) e Uma questão de honra (A Matter of Honour), Jeffrey Archer

Literatura do século 21(talvez você já tenha lido alguns):
A invenção de Hugo Cabret, de Brain Selznick
Lionboy, de Zizou Corder (a série)
Diário da Princesa, de Meg Cabot (a série)
Artemis Fowl, de Eoin Colfer (a série)

Para se iniciar nos policiais e no suspense:
O misterioso caso de Styles, de Agatha Christie
Um estudo em vermelho, de Arthur Conan Doyle
As quatro estações (Four seasons), de Stephen King

Para aprender outras matérias além da literatura:
A viagem de Theo, de Catherine Clement
O mundo de Sofia, de Jorstein Gaarder
Os doze trabalhos de Hércules, de Monteiro Lobato


Espero que algum (ou alguns!) deles te agrade, Laura.
Por favor, não deixe de me contar o que achou!

Beijos da
Bia

quarta-feira, 23 de janeiro de 2008

Robert Frost e os Outsiders

Li, na edição de ontem do NY Times, que dois críticos literários estão contestando o trabalho de transcrição de 47 cadermos de anotações do poeta americano Robert Frost, feito por Robert Faggen, autor do livro The Notebooks of Robert Frost, publicado pela Harvard University Press e lançado em janeiro passado. Erros de ortografia e gramática foram identificados pelo críticos e, agora, o organizador do livro está tendo de se explicar.


O fato de os cadernos de Robert Frost nunca terem sido escritos com a intenção de serem publicados parece não importar a ninguém. Muitas frases estão soltas, rabiscadas, rasuradas, o que explica a dificuldades de compilá-las corretamente.

O interesse dos americanos em Robert Frost se deve à quantidade imensa de citações poéticas a ele atribuídas e que todo estudante aprende a repetir desde cedo. Além de Frost, só me ocorrem outros dois nomes, tão reproduzidos quanto: Ralph Waldo Emerson e W.H. Auden.

Eu ouvi falar em Robert Frost pela primeira vez quando eu tinha uns 12 anos. Minhas amigas e eu havíamos assistido a Vidas sem rumo (The Outsiders, 1983). A razão que nos levou a procurar esse filme não era nada nobre: o elenco trazia todos os bonitões da época. Era a nossa chance de suspirar, de uma vez só, por Matt Dillon, C. Thomas Howell, Rob Lowe, Tom Cruise, Patrick Swayze, Ralph Macchio e Emilio Estevez.

O filme, dirigido por ninguém menos que Francis Ford Coppola, conta a história de um grupo de jovens de classe baixa, os Greasers, e que tem uma rixa com a turma de ricaços da cidade, os Socs. Em uma noite, as duas gangues se enfrentam em uma briga que não acaba muito bem. Dois dos jovens greasers são obrigados a fugir da cidade e o filme passa a focar a convivência entre os dois e o fortalecimento dessa amizade.

Durante o tempo em que eles se escondem em uma igreja abandonada, uma das distrações dos rapazes é ler. Ponyboy Curtis, o personagem de C.Thomas Howell, lê em volta ...E o vento levou, de Margaret Mitchell. Em outro momento, ele relembra os versos de um poema que aprendera mas que nunca entendera muito bem o significado:



Nothing Gold Can Stay

Nature's first green is gold,
Her hardest hue to hold.
Her early leaf's a flower;
But only so an hour.
Then leaf subsides to leaf.
So Eden sank to grief,
So dawn goes down to day.
Nothing gold can stay.


E é por causa desse poema que fiquei conhecendo Robert Frost. A história do filme e a força do poema nos impressionaram, todas nós. Compramos o livro de Susan E. Hinton, lemos juntas, decoramos passagens, revimos o filme. Fazem - filme, livro, poema - parte da minha formação, assim como as obras que mencionei aqui. Coppola também filmou outro livro de Hinton, O selvagem da motocicleta (Rumble Fish, 1983), que igualmente entrou para o nosso rol de adoração.

São livros e filmes datados, eu sei, mas recomendo-os mesmo assim.

quarta-feira, 12 de dezembro de 2007

Coleção Vaga-lume

Quem tem o hábito da leitura provavelmente o adquiriu na infância ou no começo da adolescência, incentivado pelos pais ou pela escola. No meu caso, o exemplo veio da minha mãe e da minha avó, mas encontrar histórias com as quais eu me identificasse foi de grande ajuda.

Já contei aqui como o primeiro livro que comprei foi um livro policial. E, ora vejam vocês, a maior parte dos que se seguiram também.

Acho que li O mistério dos cinco estrelas quando eu estava na quinta ou sexta série, não me lembro bem. O que lembro foi que adorei a história; a idéia de que garotos pouco mais velhos que eu pudessem desvendar um mistério e ajudar a prender um criminoso era-me irresistível.

No embalo, li outros títulos juvenis de Marcos Rey: O cadáver ouve rádio, O rapto do garoto de ouro e Enigma na televisão. Animada, procurei outros mistérios e li O escaravelho de ouro, de Lúcia Machado de Almeida, e A turma da Rua Quinze, de Marçal Aquino.

O que todos esses títulos têm em comum? Todos fazem parte da Coleção Vaga-lume, da editora Ática, que está completando 35 anos e ganhou box comemorativo com dez títulos:

- A ilha perdida, de Maria José Dupret
- O escaravelho do diabo, de Lúcia Machado de Almeida
- Açúcar amargo, de Luiz Puntel
- Éramos seis, de Maria José Dupret
- Os barcos de papel, de José Maviel Monteiro
- Menino de asas, de Homero Homem
- O caso da borboleta Atíria, de Lúcia Machado de Almeida
- Um cadáver ouve rádio, de Marcos Rey
- A turma da Rua Quinze, de Marçal Aquino
- A árvore que dava dinheiro, de Domingos Pellegrini

Rever esses títulos me trouxe boas lembranças.