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terça-feira, 14 de julho de 2009

Tempos difíceis

Redes de livrarias vivem período de expansão
Agência Estado - 10/07/09

De um lado, a Livraria Cultura abre filial na Daslu e marca presença na Casa Cor; a Livraria da Vila continua a loja oficial da Flip; a Saraiva tem Starbucks dentro de suas megastores, e a Laselva só oferece os Mais Vendidos e Autoajuda nos aeroportos.

De outro, centenas de municípios brasileiros não têm livrarias; dezenas de livrarias independentes não têm poder de fogo para negociar com as editoras e oferecer preços competitivos, e livrarias especializadas como a Mille Foglie e a Livraria do Crime sucumbem diante dessa tendência de lojas gigantescas que lucram muito mais com lápis, caneca, pôsteres do High School Musical e cafés expresso do que com livros.

É por isso que lugares como a Livraria Sobrado, em Moema, ou a Realejo Livros, em Santos, merecem a sua visita e o seu prestígio.

Faça a sua parte.

quarta-feira, 6 de agosto de 2008

Em prol das livrarias independentes (2)

Gato preto passeia pela Shakespeare & Co, livraria independente em Paris
que resistiu a bombardeios de guerra e virou livro publicado pela editora Casa da Palavra


Já falei sobre livrarias independentes e como acho que elas devem se organizar para combater, juntas, a ditadura dos leilão de preços baixos imposta pela internet. Interessante é que, mesmo em um país como os Estados Unidos, em que as pequenas livrarias tem mais chance de prosperar porque há mais cidades de tamanho médio que comportam estabelecimentos desse tipo, as dúvidas quanto aos primeiros passos e como montar um negócio bem-sucedido são bastante parecidas com as do Brasil.

Em notícia publicada no Bookselling This Week, livreiros norte-americanos relembram a experiência, contam como foi e dão dicas para os iniciantes.

A idéia de abrir uma livraria sempre me atraiu, mas eu não saberia por onde começar. Primeiro, porque não sou empreendedora. Segundo, porque tenho a impressão que só têm saída os best sellers da lista da Veja (argh!) e livros infantis.

Acho que uma das saídas é optar por uma livraria especializada em um determinado tema. Nicho é a solução. Pode ser uma área profissional, como medicina, engenharia, arquitetura ou direito, ou interesses variados como música, meio ambiente ou náutica, ou determinados gêneros literários, como teatro.

Ainda assim, livrarias como a Mille Foglie - especializada em gastronomia, que ficava na Rua da Consolação, em São Paulo - ou a virtual Livraria do Crime - para quem tive a honra de prestar serviços como entrevistadora e correspondente especial na Flip 2007, sempre falando de literatura policial - sofreram um bocado. A primeira fechou depois de cinco anos, e a segunda suspendeu as atividades para reestruturação interna.

Minha vontade de ter uma livraria ainda persiste, latente, dormente no meu coração. Quem sabe um dia, quando eu deixar de ser medrosa.

quinta-feira, 19 de junho de 2008

Encontro com Nelson de Oliveira

A Livraria Sobrado dá prosseguimento à sua programação de eventos com a continuação do ciclo "Letras na Sobrado", com o objetivo de promover o encontro de escritores brasileiros com os leitores, para um bate-papo informal sobre literatura e suas obras, em Moema. O ciclo iniciou-se mês passado com a presença de Marcelino Freire.

O próximo convidado é Nelson de Oliveira, cujo A Oficina do Escritor, publicado recentemente pela Ateliê, é um dos mais agradáveis livros de ensaios sobre leitura e escrita que já vi.

A gente se vê lá.

quarta-feira, 18 de junho de 2008

Clube do Livro

Quando eu era criança, meus pais me incentivavam muito a ler. Minha mãe, e a mãe dela, sempre foram boas leitoras. Até hoje o são, embora em ritmo diferente: se antes o andamento era vivace, hoje está mais para allegro ma non troppo.


Para que pudéssemos, então, criar o hábito da leitura, meus pais se associaram ao Círculo do Livro. Lembro-me de que adorava os informativos e lia a revista, do começo ao fim, com a mesma atenção que eu dedicava aos livros estampados naquelas páginas, anotando à margem todos os títulos que tentaria convencer meus pais a comprar.

Alguns anos depois, a empresa faliu e nunca mais ouvi dizer de iniciativa semelhante, a não ser pelo Music Club, da Abril, mas que era destinado a CDs. Metade dos livros de Agatha Christie que tenho são do Círculo do Livro e, a julgar pelo número de volumes que encontro em sebos São Paulo afora, imagino que muita gente fazia parte desse mesmo clube.

Vez ou outra aqui no blog, eu comento sobre o mercado editorial. Acho que não o faço com a mesma freqüência com que leio as notícias dando conta de que a situação não é das melhores, inclusive no maior mercado do mundo, o norte-americano. O Shelf Awareness relata diariamente o fechamento de livrarias independentes ou iniciativas de quem persiste nessa roça e tem de aumentar as vendas. Por outro lado, fusões milionárias e mudanças de linha editorial demonstram que as editoras também estão preocupadas com o futuro do livro.

Uma nova tentativa de agitar o mercado é o The New Progressive Book Club, assunto da coluna de hoje de Motoko Rich no NY Times. O esquema é bastante simples: os leitores são convidados a se associar e comprar 3 livros por 1 dólar cada, em troca do compromisso de adquirir outros 4 livros nos próximos 2 anos. A empresa garante que o preço dos livros será calculado de forma a competir com as gigantes online Amazon e Barnes & Noble e a garantir bons rendimentos para os autores.

Como o próprio nome diz, o novo clube do livro reúne obras com temática progressiva, seja lá o que isso quer dizer. Mas pouco importa o assunto. Acho que o destaque da notícia é, justamente, a criação de um clube do livro como mais uma tentativa de angariar leitores que, até nos Estados Unidos, estão rareando cada vez mais.

Penso que iniciativas assim poderiam ser implantadas no Brasil, mas pelas livrarias. Gente como Livraria Cultura, Martins Fontes ou Livraria da Vila, em São Paulo, a Livraria da Travessa ou a Argumento, no Rio, ou as Livrarias Curitiba, no sul do País, poderiam desenvolver projetos semelhantes. Um comitê formado por vendedores competentes (espécie em extinção em lugares como a Cultura, infelizmente) escolheria um ou dois livros por mês e os clientes participantes receberiam o livro em casa.

Montar uma operação como essa ou cuidar da logística não é meu departamento, Minha função aqui é dar idéias, simplesmente. Então, fica aí a sugestão.

quinta-feira, 8 de maio de 2008

Happy hour na Sobrado

A simpática Livraria Sobrado promove happy hour todas as sextas-feiras, a partir das 18h. Tem música ao vivo - jazz, mpb, bossa nova - e vez ou outra, como amanhã, dia 9, degustação de um vinhozinho.

Vá, vá. E tome uma taça por mim. Que tão cedo não conseguirei prestigiar a iniciativa, já que as coisas na agência onde trabalho estão pegando fogo (ontem trabalhei até quase meia-noite!).

quinta-feira, 1 de maio de 2008

Atendimento nas livrarias

Como ex-vendedora de livros, entrar em qualquer livraria e localizar o que procuro é relativamente fácil para mim, mas entendo que não é o caso da maioria das pessoas.

A Folha de S. Paulo fez um teste para avaliar o atendimento das livrarias paulistanas, publicado na semana passada. Vale a pena ler a reportagem para saber onde ir na sua próxima compra e também para ver cair por terra o mito de que aquela livraria do Conjunto Nacional é a melhor da cidade.

terça-feira, 29 de abril de 2008

Encontro com Marcelino Freire

A simpática Livraria Sobrado organiza, na próxima terça, dia 6, a partir das 19h, um encontro com o escritor pernambucano Marcelino Freire.
Marcelino é figura carimbada da vida social literária brasileira. Faz questão de prestigiar os mais diferentes eventos, desde Bienal de SP e RJ, até FLIP e encontros independentes como este, além de ser um dos idealizadores da Balada Literária.

Vale a pena. Marcelino é engraçado, ãs vezes controverso, mas sempre um bom papo.

Livraria Sobrado
Av Moema 493
tel 5052-3540

quarta-feira, 26 de março de 2008

Em prol das livrarias independentes

Galeno Amorim, de quem já falei aqui, informa que "a Associação Nacional de Livrarias (ANL) pretende instalar em São Paulo a Casa do Livreiro. Além de abrigar a sede própria, o local deve oferecer cursos de formação de livreiros e capacitação de funcionários de livrarias. Para 2008, a associação quer expandir em 15% o número de associados."

Acho ótima a iniciativa. Não tenho nada contra as grandes redes de livrarias - muito pelo contrário, freqüento-as e até já trabalhei na mais badalada delas -, mas acho que é preciso apoiar as livrarias independentes e incentivar seu crescimento.

Muitos são os fatores que minam o sucesso de uma livraria independente: a política de grandes descontos praticada pelas redes e pelo comércio eletrônico; a localização - a maioria está fora de shoppings e depende de pedestres e do trânsito local; poucos recursos para contratar profissionais qualificados, para citar apenas três.

Por outro lado, é preciso que a pessoa que se disponha a montar uma livraria o faça com plena consciência do trabalho que terá pela frente. O mercado livreiro e editorial não precisa de aventureiros; precisa de gente séria, disposta a trabalhar com afinco e a melhorar o nível cultural de sua comunidade.

Abrir uma livraria só porque é um negócio glamouroso, chic e descolado é rídiculo. Aquele que recebe o fundo de garantia, após ser demitido, e não sabe se abre uma franquia da Casa do Pão de Queijo ou uma livraria também não serve para ser livreiro.

Livro não é sapato, não é camiseta Hering, não é mate com limão. É um produto, sim, que precisa ser vendido com estratégias sérias, desenvolvidas especificamente para o segmento.

Aplausos para a iniciativa da ANL; que seja longeva e bem-sucedida.

domingo, 16 de março de 2008

Quer abrir uma livraria?

Um curso sobre como montar e fazer funcionar uma livraria independente começa no próximo dia 01/04 e vai até 04/04 na sede da Universidade do Livro (Praça da Sé 108, Centro).

Ministrado por Aldo Bocchini Neto, dono da Livraria da Vila de 1984 a 2002, o curso é dirigido para empreendedores, futuros empreendedores, gerentes de livrarias e editoras, editores, proprietários de pequenas e médias empresas do setor e demais interessados.

O objetivo do evento é estimular o aluno a conhecer e desenvolver um plano para a montagem de uma livraria, seu funcionamento e estrutura. Informações detalhadas sobre o programa podem ser obtidas pelo site. Outras informações e reservas pelo telefone 11-3242-9555 ou por e-mail.

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

Incentivo à leitura

Volta e meia, em conversas e discussões sobre o índice de leitura no Brasil, as pessoas se espantam, se revoltam ou se conformam com o número divulgado em 2001: 1,8 livro per capita por ano.


A preocupação com baixos índices não é privilégio brasileiro. Países como o EUA registraram queda no número de livros lidos por seus alunos universitários, embora esse número ainda seja maior do que o registrado por aqui. Por outro lado, recente pesquisa afirma que 1 a cada 4 adultos americanos não chegou perto de um livro durante um ano todo.

Um sonho que acalento é o de, um dia, montar uma oficina de leitura para adolescentes. Gostaria de mostrar que existem um mundo literário além de Machado de Assis e José de Alencar - lidos por obrigação - e dos livros de Harry Potter - lidos porque é moda.

Enquanto esse dia não chega, vou ficando feliz com notícias que leio por aí e que dão conta de iniciativas bacanas para incentivar a leitura.

Uma delas é uma maratona de leitura, organizada por uma livraria independente situada em Portsmouth, New Hampshire, no nordeste do EUA. O evento foi batizado de "G.E.R.M. Great Expectations Marathon" e vai acontecer a partir das 18h do próximo sábado, dia 23. Durante 24 horas, a livraria estará aberta e disponibilizará seu acervo inteiro para quem quiser lê-lo. Os donos e todo o staff da livraria estarão presentes, dando orientações de leitura e organizando bate-papos com autores. A epopéia contará com comes e bebes para sustentar os leitores. A idéia, segundo li, é proporcionar tempo e um lugar seguro para as pessoas lerem e discutirem literatura. Os participantes são incentivados, também, a fazer donativos para o centro comunitário local.

Outra idéia interessante - que já está em curso, mas sobre a qual só li hoje - é o projeto 200 Books, da americana Amanda Patchin. Ela é dona de uma livraria, que parece ser um local muito simpático, chamada Veritas. O objetivo de Mandi é ler 200 livros este ano e, ao que parece, as coisas estão indo bem. O projeto me lembra o da Julie Powell (sobre o qual falei vagamente aqui), mas com enfoque literário. Adorei.

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008

AbeBooks em breve no Brasil

O AbeBooks é um site que existe desde 1995. Reúne mais de 13.500 livrarias, tem mais de 110 milhões de títulos cadastrados, e promove o comércio de livros novos, usados e raros. Como é baseado em Vancouver, a maioria das livrarias é americana ou canadense, tornando difícil encontrar livros em português. Iniciativa semelhante, creio que todos conhecem, é o Estante Virtual, que reúne sebos do Brasil inteiro e tem mais de um milhão de livros cadastrados.

Em breve, porém, o AbeBooks pretende baixar por aqui, o que promete balançar o mercado que, até agora, era monopólio do Estante. A notícia saiu em um press release que anuncia o lançamento do Gojaba.com, site que começará a funcionar primeiro na Suécia e na Rússia. A notícia menciona que o Brasil é um mercado emergente para comércio de livro online.

É esperar para ver.

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

Café com livros

Escrito por Ricardo Costa e publicado no Publishnews no dia 31 de janeiro, o artigo abaixo chamou minha atenção pelas dicas e pela constatação:

"Sempre achei que um bom livro combinava com um saboroso café; e muitas vezes fiquei frustrado ao ir a uma livraria e ter que sair de lá para encontrar um café no mesmo nível dos livros que eu apreciava. Mas a história mudou de tempos para cá em São Paulo (SP). Desde o início deste ano, por exemplo, a Livraria da Vila trouxe mais sabor para a vila mais charmosa de São Paulo. Sob a jabuticabeira, no quintal da Vila, você saboreia um delicioso café do Santo Grão enquanto curte sua leitura favorita ou bate-papo com seus amigos, numa atmosfera descontraída e aconchegante. Mas não foi só na Vila que o sabor atingiu um novo patamar. No belo MF Café, da Martins Fontes Paulista, a marca é Astro e os cafés especiais são muito bons. Além dos cafés, a Vila e a Martins Paulista disponibilizam Wi-Fi gratuitamente. A Livraria Cultura da Paulista tem uma cafeteria finíssima, que serve o Nespresso, considerado pela Veja SP o melhor café da cidade em 2007. Pra não ficar atrás, a nova megastore da Saraiva, inaugurada recentemente no Shopping Pateo Paulista, abriga o descolado Café Suplicy. E não posso deixar de fora a Martins Editora Livraria (centro de Sampa), com seu Café Lutetia que trouxe o Sospeso da Itália, e onde você pode deixar um café pago em nome de uma pessoa, que o receberá quando for à loja. Estes são apenas alguns exemplos. Agora não é só escolher o livro, você também escolhe o café. E as opções são cada vez melhores!"

Quem me conhece, sabe que não tomo café; prefiro um cappuccino ou um chocolate quente, um café Baileys da Cristallo ou um frappuccino do Starbucks. Mesmo assim, adoro a idéia de livrarias com café. Sendo assim, acrescento à lista a Livraria Sobrado (foto ao lado), charmosíssima na Av Moema. Tem revistaria, internet sem fio, café e uns doces maravilhosos. Vale a pena conhecer.



No Rio de Janeiro, recomendo os cafés da Livraria da Travessa - qualquer uma delas - e da Argumento, no Leblon. E as próprias livrarias também, lógico.



Se alguém tiver mais alguma dica, pode me mandar um e-mail e eu posto aqui.

sexta-feira, 18 de janeiro de 2008

As minhas livrarias favoritas

Saiu aqui uma lista, muito bacana, de livrarias incríveis ao redor do mundo.

Aficcionada por listas que sou, não resisto e faço a minha lista de livrarias preferidas:

1. Mysterious Bookshop em New York

Especializada em literatura policial, foi idealizada pelo simpático Otto Penzler, autor e antologista, último bastião da crime fiction em NY. Seu Otto aparece aí do lado, trabalhando na livraria que, percebam, tem prateleiras até o teto repletas, lotadas, abarrotadas de romances policiais de todo o gênero, origem, forma e cor. Muitos exemplares estão assinados pelos autores. Há seções interessantes como a Sherlockiana e outras extremamente úteis (pelo menos para mim) como a de crítica e teoria literária especializada.

Conhecer o seu Otto e a livraria foi um sonho, quase chorei de emoção, juro.

2. Livraria da Travessa, Rio de Janeiro

Refiro-me à unidade da Av. Rio Branco, no Centro. Lógico, todas são charmosas, gostosas de passear e se perder em meio aos livros, tomar um café e tal. Mas a filial na Rio Branco... Ah, são outros quinhentos!
O prédio antigo já justifica a visita. Ao entrar na loja, o pé-direito nos faz ficar deslumbrados. Ampla, clara e bem-arrumada, é irresistível. Livros e mais livros sobre o Rio de Janeiro, títulos que raramente vemos aqui. E outra vantagem é poder sair de lá e caminhar até a Confeitaria Colombo para tomar um café e comer um quindim de camisola. Passeio nota 10.

3. Livraria da Vila, São Paulo

A filial da Al. Lorena é chic, fashion, top design, eu sei; mas também é um dos lugares mais agradáveis que já visitei. Poltronas, bancos, almofadas. Um dos lugares mais legais para uma noite de autógrafos. Acervo bacana concentrado em literatura, história e arte.

Minha lista não é tão extensa quanto a do Guardian, mas é porque ainda não conheci:


Negra y Criminal, Barcelona

Murder One, Londres

El Ateneo, Buenos Aires


Ainda chego lá.