Galeno Amorim, de quem já falei aqui, informa que "a Associação Nacional de Livrarias (ANL) pretende instalar em São Paulo a Casa do Livreiro. Além de abrigar a sede própria, o local deve oferecer cursos de formação de livreiros e capacitação de funcionários de livrarias. Para 2008, a associação quer expandir em 15% o número de associados."
Acho ótima a iniciativa. Não tenho nada contra as grandes redes de livrarias - muito pelo contrário, freqüento-as e até já trabalhei na mais badalada delas -, mas acho que é preciso apoiar as livrarias independentes e incentivar seu crescimento.
Muitos são os fatores que minam o sucesso de uma livraria independente: a política de grandes descontos praticada pelas redes e pelo comércio eletrônico; a localização - a maioria está fora de shoppings e depende de pedestres e do trânsito local; poucos recursos para contratar profissionais qualificados, para citar apenas três.
Por outro lado, é preciso que a pessoa que se disponha a montar uma livraria o faça com plena consciência do trabalho que terá pela frente. O mercado livreiro e editorial não precisa de aventureiros; precisa de gente séria, disposta a trabalhar com afinco e a melhorar o nível cultural de sua comunidade.
Abrir uma livraria só porque é um negócio glamouroso, chic e descolado é rídiculo. Aquele que recebe o fundo de garantia, após ser demitido, e não sabe se abre uma franquia da Casa do Pão de Queijo ou uma livraria também não serve para ser livreiro.
Livro não é sapato, não é camiseta Hering, não é mate com limão. É um produto, sim, que precisa ser vendido com estratégias sérias, desenvolvidas especificamente para o segmento.
Aplausos para a iniciativa da ANL; que seja longeva e bem-sucedida.
quarta-feira, 26 de março de 2008
Em prol das livrarias independentes
Postado por Bia às 14:54
Tartatags: livrarias, mercado editorial, notícias
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Um comentário:
Oi Bia, vim agradecer o seu apoio a blogagem coletiva.
Meu filho está de férias e semana passada fomos à cidade e lá temos algumas livrarias. Uma enorme, linda, com todo o requinte e uma bem pequena. Entrei com o meu filho na pequena para procurar um livro para ele. Meu filho foi logo dizendo: Mamae, por que nao vamos na grande? E eu lhe expliquei que a pequena livraria era uma livraria particular e que se nao houvesse o nosso apoio a dona iria a falência. Expliquei a ele que acharíamos o livro que ele queria ali tb. Passar valores e porquê, faz toda a diferenca.
Obrigada, grande dia prá vc
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