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sexta-feira, 7 de março de 2008

Negócios do livro

O boletim Shelf Awareness divulgou hoje a notícia da compra da Siciliano pela Saraiva:

Saraiva Group, owner of Livraria Saraiva, which has 36 stores in Brazil, has bought Siciliano, the Brazilian bookstore chain founded in 1928 that has 52 stores and 11 franchise operations. Saraiva described the two companies' operations as "complementary." Most of the stores do not overlap geographically, and Siciliano stores are located in "important commercial areas where Saraiva does not have a significant penetration." Siciliano also publishes under the Arx, Futura, Caramelo and Arxjovem imprints. Besides books, Livraria Saraiva sells CDs, DVDs, magazines, stationery and some electronics and information technology. It boasts opening the first superstore in Brazil, in 1996, and has online retailing operations that account for a third of company gross revenue. Founded by Pedro Siciliano, Siciliano originally sold only newspapers and magazines. In 1942, it opened its first bookstore, in Sao Paulo.

Lembra quando falei sobre oligopólio? Pois é.

Atualização (22h35) - A competente Tainã Bispo, do jornal Valor Econômico, também deu a notícia:

Após mais de um ano de negociações, a Saraiva anunciou ontem a compra de todos os ativos da tradicional Siciliano, por R$ 60 milhões. Juntas, as ex-rivais formarão uma rede de 99 livrarias e a maior empresa do setor em faturamento - a nova rede será a segunda maior em número de lojas, depois da rede de franquias Nobel, com 170 unidades. Após assinar o contrato, a família Siciliano colocou um ponto final numa briga que durou dez anos. Segundo o fato relevante publicado ontem pela Saraiva, a Siciliano tinha uma dívida líquida de R$ 13,6 milhões em 2007. Em 2006, a dívida líquida da empresa estava em cerca de R$ 23 milhões - nesse período, a Siciliano vendeu o prédio onde está instalada, no bairro de Pirituba, zona norte da capital, por cerca de R$ 14 milhões, para um grupo ligado à educação.

Um comentário:

Anônimo disse...

Posso ser ingênuo, mas acho saudável. A Cultura deu um salto qualitativo e quantitativo (este conseqüência) difícil de acompanhar. Isso assusta. Felizmente, há várias livrarias menores, mas nem por isso menos importantes, que muitas vezes são preferíveis às gigantes, pois oferecem condições melhores a seus clientes. E as há, ainda, conveniadas (para médicos, advogados, odontologistas, etc). Vi com otimismo o fato. Posso estar errado, claro.
Amplexos.
Simão