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quarta-feira, 9 de janeiro de 2008

Oligopólio


Hoje, em conversa com minha orientadora, reparamos que as notícias sobre fusões e aquisições envolvendo editoras estão cada vez mais freqüentes. Penso que essa tendência é um pouco preocupante: não tenho certeza se esse concentração de recursos é benéfico para o mercado editorial brasileiro.
Grandes grupos editoriais, como os espanhóis Planeta e Santillana, por exemplo, aportaram no Brasil e passaram a operar por meio de negociações com editoras nacionais, seja de compra, seja de parceria.

Abaixo estão três dessas notícias, recortadas do Publishnews, que foram publicadas nos últimos cinco dias. Oligopólio, segundo o Houaiss, é um termo de economia que significa “situação de mercado em que poucas empresas detêm o controle da maior parcela do mercado”. Tirem suas próprias conclusões...

90 milhões de euros e mil livros: Novo império editorial

Diário de Notícias (Portugal) - 08/01/2008

"Tecnicamente somos o maior grupo, agora temos de ser o melhor." Foi assim que Isaías Gomes Teixeira, administrador do Leya, apresentou nesta segunda-feira, dia 7, o novo grupo editorial de Miguel Pais do Amaral, que em 2008 projeta editar mil novos títulos, faturar 90 milhões de euros, e criar o maior prêmio literário anual para um romance inédito em língua portuguesa: cem mil euros. Teixeira sublinhou que o novo grupo "não nasceu ao acaso", mas "houve uma estratégia na compra das diferentes editoras que o integram". Uma das apostas é a dos livros escolares. "Porque é na escola que se adquirem os hábitos de leitura." O Leya integra as editoras Asa, Caminho, Dom Quixote, Gailivro, Novagaia e Texto, a angolana Ndzila e a moçambicana Nadjira.

Apetite incontrolável

PublishNews - 04/01/2008 - por Ricardo Costa

Em comunicado à imprensa, o Grupo Ediouro informou, nesta quinta-feira, dia 3, que, após longa negociação concretizou a aquisição da editora Desiderata, "sinônimo do melhor do humor brasileiro", afirma o comunicado. A Desiderata foi criada há quatro anos, no Rio de Janeiro, pela jornalista Martha Mamede Batalha e se destacou rapidamente no mercado editorial brasileiro com nomes como Millôr Fernandes, Ivan Lessa, Reinaldo, Alan Sieber e André Dahmer, que integram um catálogo que "inclui títulos obrigatórios como as antologias do Pasquim organizadas por Sérgio Augusto e Jaguar". Ainda de acordo com a nota, a Desiderata manterá sua linha editorial e a jornalista Martha Batalha continuará no comando da empresa.

Mercado editorial ganha nova holding

Revista Panorama - 04/01/2008

Seis tradicionais editoras do segmento Científico, Técnico e Profissional (CTP) uniram-se e formaram o mais recente holding do mercado, o Grupo Editorial Nacional (GEN). Juntas, Editora Guanabara Koogan, Editora Forense, Editora LTC, Editora Santos, a jovem Editora Método e o (LAB), selo editorial e operacional da Guanabara Koogan, faturaram 75 milhões de reais no ano passado. A expectativa é dobrar este valor nos próximos dois anos com a ampliação da distribuição, maior eficiência e novas incorporações. Com a atual estrutura o GEN conta com mais de 2,5 mil títulos de autores nacionais e internacionais. De acordo com Mauro Koogan Lorch, presidente do grupo, a estrutura de cada empresa participante da holding será mantida, potencializando os seus pontos fortes.

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