Páginas

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Sobre Paulo Coelho

O homem é só polêmica. As atitudes que ele toma, as opiniões sobre ele, o valor literário (ou a falta de) de suas obras: tudo o que envolve Paulo Coelho é revestido de polêmica. O lançamento da biografia escrita por Fernando Morais, entrevista para revista Caras e Jornal Nacional, o homem não cansa de dar declarações controversas. Mas o povo gosta.

O Alquimista, o maior best seller de Paulo Coelho, está fazendo 20 anos. Em comemoração, a editora norte-americana Harper Collins organiza hoje um bate-papo com o autor, mediado por Laurence Fishburne, o Morpheus da trilogia Matrix. Outro hollywoodiano, Russell Crowe, já declarou que um de seus livros de cabeceira é The Alchemist. Tudo bem que nenhum dos dois atores é uma sumidade em literatura, mas, gente, o homem é membro da Academia Brasileira de Letras.

Eu nunca li Paulo Coelho. Quer dizer, para ser extremamente fiel à verdade, eu li as primeiras páginas de Onze Minutos, logo que o livro chegou às prateleiras de livraria onde eu trabalhava. Eu tinha lido em algum lugar que o livro falava de sexo, sexo e mais sexo, e taí um tema que me agrada. Ocorre que não li o suficiente para dizer se o livro é bom ou não, nem para chegar nas tais cenas picantes.

Fiquei, assim, na mão. Sem trocadilhos.

3 comentários:

Claudia disse...

Bia, a verdade é que o cara é um sucesso mundial.

Aqui na Noruega onde vivo a paixão por ele é uma epidemia. Os livros dele todos foram traduzidos e ficam localizados numas mesonas na entrada das livrarias, todos eles. Há quatro anos vivo aqui e os livros dele não saem da lista de bestseller e das mesas da entrada das livrarias.

Na universidade onde estudo, a livraria que supostamente deveria ser técnica, tem todos os livros deve sobre o balcão do caixa. O que muda são os títulos que a cada ano aumentam.

Agora me diga: se Paulo Coelho não é literatura para o que serve literatura se o que toca as almas é a não literatura?

Eu li dois livros, o alquimista e onze minutos, ambos doados por maridos (o primeiro marido e o atual) e os li por amor. Gostei mas acho que não há nada de ruim nem de fantástico. Justo. Fez sucesso? Faz, merece.

O sucesso é um mistério e eu respeito aqueles que conseguem tocar tanta gente.

Tamos aí

Claudia disse...

Enfim, para esclarecer:

Se o que apaixona as pessoas são obras como a de Paulo Coelho (definida pelos cretinos críticos de tantas formas diferentes menos como literatura) para o que serve a 'literatura 'então?

Por que Agatha Christie merece o teu respeito e o cara não?

Estou querendo te provocar. Amo livros também e nunca amei Paulo Coelho. Mas o respeito imensamente.

Quem nunca causou polêmica? Que eu saiba polêmica é a especialidade de grandes escritores. Borges que o diga!


Saravá!

Bia disse...

Claudia, também respeito Paulo Coelho imensamente. Alguém que consegue chegar aonde ele chegou e conquistar tudo o que se propôs a conquistar merece toda a minha admiração.
A bem da verdade, eu nunca li os livros dele e sei que preciso fazê-lo para formar minha própria opinião, para fazer minhas próprias observações e reflexões.
Obrigada pela visita, sempre é bom contar com quem gosta de literatura e se importa com ela o suficiente para se dar ao trabalho de comentar em um blog.
Beijos da Bia