Que Maria Callas é considerada uma das melhores, se não a melhor, sopranos de todos os tempos, eu já sabia. Tenho ouvido as gravações da diva greco-americana há algum tempo e sempre fico impressionada com a potência de sua voz. Mas nada tinha me preparado para o impacto de vê-la no palco.
Outro dia, caminhava para o trabalho e algo (não me perguntem o quê, minha memória é péssima e tenho a capacidade de fazer as mais esdrúxulas associações) me fez lembrar de Habanera, uma das árias da ópera Carmen, de Georges Bizet. Embora já tenha tido a sorte de ir à algumas montagens, ainda falta assistir Carmen, item que está na minha lista de coisas a fazer antes de morrer.
Assim que cheguei na agência, pesquisei na Internet alguma gravação de Habanera para matar a vontade de ouvir a música bem cantada, em vez de me contentar com meus hmm-hmm-hmm ta-ra-ta-ta desafinados. O que descobri foi emocionante e fez-me nostálgica por uma época que não vivi.
A cantora teve uma vida muito difícil. Desde a mãe que, na época da Segunda Guerra, quis que ela se prostituísse para obter favores de soldados alemães e italianos durante a ocupação do Eixo até o envolvimento amoroso e destrutivo com Aristóteles Onassis, que a deixou para se casar com Jacqueline Kennedy, Maria Callas teve inúmeros reveses emocionais.
Maria Callas morreu aos 53 anos, em setembro de 1977, pouco antes de eu completar 2 anos. Nunca a tinha visto cantar; já a tinha ouvido, mas nunca assistira a uma de suas performances. A presença de palco dessa mulher é perturbadora. Reparem como ela parece estar em um mundo à parte, divertindo-se sozinha:
Deslumbrante, não?
terça-feira, 24 de junho de 2008
A diva definitiva
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Um comentário:
Deslumbranteeeeee mesmo!
Voz, elegância, esse "divertimento só".
É o retrato do prazer daquilo que se faz com amor.
Bj
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