Sexta-feira, 21h. Aguardo o Ogro chegar. No salão do castelo, a TV ligada anuncia o fim do episódio de "The Amazing Race: Family Edition", onde a viúva e os filhos, que são odiados por todos os outros participantes, são poupados da eliminação. Poupado é maneira de dizer porque, na minha opinião, depois de tudo o que eles já passaram, ser eliminado da competição seria uma benção. Lógico que 1 milhão de dólares no bolso faz a maior parte das pessoas aguentar de um tudo, mas não eu. E olha que estou achando essa temporada a mais bacana, a mais tranquila. Anyway, não é sobre isso que quero falar.
Então, eu e a Rainha do Castelo terminamos de ver o reality show. Resolvo mudar de canal e minha consciência cívica (hein?) fala mais alto e resolvo assistir ao finalzinho do horário eleitoral. Assisto ao desfile sem fim de candidatos a deputados, acho que federais, na tela. Consigo me lembrar de alguns, da última eleição, mas outros... é impossível. Daí penso, como não lembrar do Mexerica, do Mineiro ou do Raí? Lógico que do Raí-São Paulo-Paris St Germain todo mundo lembra, mas e o candidato a senador, 260? Nem aparece o rosto dele, como é que posso me lembrar? Às vezes acho que brasileiro tem que ter memória de notebook, 80Gb, o meu pobre PC tem apenas 13Gb...!
Bom, o resumo de tudo isso é que me diverti bastante quando deveria me preocupar. Rir da atual situação política do país é para alienados, é para a turma do deixa-disso. Meu conselho é: leia, leia, leia. Leia a quadrilogia do Elio Gaspari sobre a Ditadura (você vai encontrar nomes que até hoje povoam Brasília), leia o Estadão, leia os editoriais. Se você tiver mais ou menos 30 anos, como eu, converse com seu pai, sua mãe ou seu avô, provavelmente eles sabem de histórias mais interessantes do que você possa imaginar. Bottomline is, preocupe-se. Reclamar é fácil, o díficil é se comprometer.
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