25 de julho. Dia do escritor.
Mas escritor tem dia? Escritor tem dia, tem hora, tem lugar? Quem escreve não escreve todos os dias? A toda hora? Em qualquer lugar?
Parafraseando Damatta, o que faz um escritor, escritor?
Não é o dia, certamente. Tem dias que é tão difícil escrever... Parece que as palavras fazem rodízio e não circulam pelo centro expandido do meu pensamento. As palavras terminadas em vogal sofrem restrições às segundas-feiras, as palavras com sufixo -mente, -eza e -dade às terças-feiras, e por aí vai.
Não é a hora, tampouco. Todas as horas incitam a escrita. O momento em que a noite já não é mais noite, mas ainda não é dia. Bem cedo, quando o sol já se levantou, mas a cidade ainda não. De manhã, vestindo pijamas, com a bandeja de café-da-manhã ao lado do computador. A caminho do trabalho, rabiscando em cadernos, blocos, agendas, livros, verso de extratos bancários, num pedaço do papel de presente que embrulhava a caixa de bombons que você ganhou no dia anterior.
Será o lugar? Também me parece que grande parte dos lugares é propícia. Sala de espera de consultório médico ou laboratório, restaurante por quilo e o Parque Ibirapuera de manhã são ótimos para se escrever crônicas. Pousadas bucólicas na montanha ou um cruzeiro, para reflexões acerca da pequenez do ser humano, tanto em tamanho quanto de espírito. Alguns lugares são mais inspiradores que outros, claro. Fila de banco ou de cartório só para, a la Kafka, transformar o funcionário em um coleóptero.
Alguns diriam que é a crítica; outros, que é o público que faz um escritor. Eu, que morro de medo de mostrar o que escrevo, claramente nunca serei escritora se isso for verdade.
Seja o que for que faz um escritor, escritor, o importante é nunca parar, não esmaecer, arrefecer jamais. Escrever sempre.
Parabéns.
Mas escritor tem dia? Escritor tem dia, tem hora, tem lugar? Quem escreve não escreve todos os dias? A toda hora? Em qualquer lugar?
Parafraseando Damatta, o que faz um escritor, escritor?
Não é o dia, certamente. Tem dias que é tão difícil escrever... Parece que as palavras fazem rodízio e não circulam pelo centro expandido do meu pensamento. As palavras terminadas em vogal sofrem restrições às segundas-feiras, as palavras com sufixo -mente, -eza e -dade às terças-feiras, e por aí vai.
Não é a hora, tampouco. Todas as horas incitam a escrita. O momento em que a noite já não é mais noite, mas ainda não é dia. Bem cedo, quando o sol já se levantou, mas a cidade ainda não. De manhã, vestindo pijamas, com a bandeja de café-da-manhã ao lado do computador. A caminho do trabalho, rabiscando em cadernos, blocos, agendas, livros, verso de extratos bancários, num pedaço do papel de presente que embrulhava a caixa de bombons que você ganhou no dia anterior.
Será o lugar? Também me parece que grande parte dos lugares é propícia. Sala de espera de consultório médico ou laboratório, restaurante por quilo e o Parque Ibirapuera de manhã são ótimos para se escrever crônicas. Pousadas bucólicas na montanha ou um cruzeiro, para reflexões acerca da pequenez do ser humano, tanto em tamanho quanto de espírito. Alguns lugares são mais inspiradores que outros, claro. Fila de banco ou de cartório só para, a la Kafka, transformar o funcionário em um coleóptero.
Alguns diriam que é a crítica; outros, que é o público que faz um escritor. Eu, que morro de medo de mostrar o que escrevo, claramente nunca serei escritora se isso for verdade.
Seja o que for que faz um escritor, escritor, o importante é nunca parar, não esmaecer, arrefecer jamais. Escrever sempre.
Parabéns.
Nenhum comentário:
Postar um comentário