Adoro a época de Natal. Adoro mais o meu aniversário, mas Natal é uma data em que minha empolgação é compartilhada por muitas outras pessoas que vibram a cada lampadinha acesa e pendurada em árvores, postes, varandas e pontes; que cantam com os corais mecânicos que decoram as fachadas dos bancos e que se emocionam com os filmes nevados que a televisão não se cansa de repetir.
Uma das coisas que mais gosto é a comida de Natal, principalmente panetone. Uma vez me contaram de uma moça que come panetone durante o ano inteiro. Ela, não sei como, descobre padarias por São Paulo afora que assam a iguaria ininterruptamente e os devora fatia a fatia no café-da-manhã todos os dias. Para ela, não importa se tem frutas cristalizadas, gotas de chocolate, nozes: o que importa é o panetone. Aposto que ela já experimentou até essas combinações mais moderninhas, com goiabada e pão de mel – corruptelas, na minha modesta opinião. Particularmente, acho um exagero comer panetone o ano todo; durante o mês de dezembro, porém, não há nada como uma fatia enorme de panetone acompanhada por uma taça de prosecco bem gelado, ah, isso não há! (meio cafona, eu sei, mas o que eu posso fazer? Eu gosto.)
Para mim, comida de Natal é comfort food. Na falta de uma expressão melhor, apelo aos americanos, ainda que uma das acepções da palavra conforto, segundo o Houaiss, seja “alimento, comida”, derivações metonímicas da significação “o que fortalece, revigora”. Os norte-americanos cunharam uma expressão que acho ímpar, apesar de não serem famosos pela sua culinária. Venhamos e convenhamos: quem é que pode apontar qual é a típica culinária americana? Frango frito, milho assado, churrasco de hambúrgueres e salsichas, torta de maçã, salada caesar, salada cobb, costelinha de porco com molho agridoce, cole slaw. A ocasião mais gastronômica que eles têm é o dia de Ação de Graças, o Thanksgiving, quando, invariavelmente, assa-se um belo peru, servido com couve-de-bruxelas, purê de batatas e molho de cranberry, e uma torta de abóbora para sobremesa.
Ok, dou o braço a torcer. Não acho que tampouco exista uma única e típica culinária brasileira. Feijoada, churrasco, arroz com tutu e lombo de porco, vatapá, caruru, acarajé, cuscuz à paulista, quindim, brigadeiro, doce de leite. Comemos tudo isso e muito mais: no Natal, peru, tender, chester; no Ano Novo, lentilha, pernil; na Páscoa, bacalhau. Seja como for, acredito que cada família tenha suas tradições gastronômicas e é necessário mantê-las. Na minha família, Natal tem de ter peru com farofa de banana e tender com molho de abacaxi. E na sua?
Seja qual for o cardápio, desejo a todos um feliz Natal: que, sobre a mesa da ceia, vocês encontrem uma refeição confortável e deliciosa e que, ao redor dela, estejam as pessoas que vocês mais amem.
Uma das coisas que mais gosto é a comida de Natal, principalmente panetone. Uma vez me contaram de uma moça que come panetone durante o ano inteiro. Ela, não sei como, descobre padarias por São Paulo afora que assam a iguaria ininterruptamente e os devora fatia a fatia no café-da-manhã todos os dias. Para ela, não importa se tem frutas cristalizadas, gotas de chocolate, nozes: o que importa é o panetone. Aposto que ela já experimentou até essas combinações mais moderninhas, com goiabada e pão de mel – corruptelas, na minha modesta opinião. Particularmente, acho um exagero comer panetone o ano todo; durante o mês de dezembro, porém, não há nada como uma fatia enorme de panetone acompanhada por uma taça de prosecco bem gelado, ah, isso não há! (meio cafona, eu sei, mas o que eu posso fazer? Eu gosto.)
Para mim, comida de Natal é comfort food. Na falta de uma expressão melhor, apelo aos americanos, ainda que uma das acepções da palavra conforto, segundo o Houaiss, seja “alimento, comida”, derivações metonímicas da significação “o que fortalece, revigora”. Os norte-americanos cunharam uma expressão que acho ímpar, apesar de não serem famosos pela sua culinária. Venhamos e convenhamos: quem é que pode apontar qual é a típica culinária americana? Frango frito, milho assado, churrasco de hambúrgueres e salsichas, torta de maçã, salada caesar, salada cobb, costelinha de porco com molho agridoce, cole slaw. A ocasião mais gastronômica que eles têm é o dia de Ação de Graças, o Thanksgiving, quando, invariavelmente, assa-se um belo peru, servido com couve-de-bruxelas, purê de batatas e molho de cranberry, e uma torta de abóbora para sobremesa.
Ok, dou o braço a torcer. Não acho que tampouco exista uma única e típica culinária brasileira. Feijoada, churrasco, arroz com tutu e lombo de porco, vatapá, caruru, acarajé, cuscuz à paulista, quindim, brigadeiro, doce de leite. Comemos tudo isso e muito mais: no Natal, peru, tender, chester; no Ano Novo, lentilha, pernil; na Páscoa, bacalhau. Seja como for, acredito que cada família tenha suas tradições gastronômicas e é necessário mantê-las. Na minha família, Natal tem de ter peru com farofa de banana e tender com molho de abacaxi. E na sua?
Seja qual for o cardápio, desejo a todos um feliz Natal: que, sobre a mesa da ceia, vocês encontrem uma refeição confortável e deliciosa e que, ao redor dela, estejam as pessoas que vocês mais amem.
2 comentários:
Peru Lunar
Tender seco ou muito seco
advinhe quem sou?
Com essas dicas, ficou fácil!
Feliz Natal, meu amor!
Beijos!
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